Fim de tarde

Fim de tarde
Essa foto tirei la en Saquarema a algum tempo já!

sábado, 27 de outubro de 2007

Passageiro


Se o vento leva o que eu digo
Como faço para apagar o que escrevo?
Não quero mais fazer uso de minha
Já calejada borracha querida
Pois descobri a pouco sua incompetência
Descobri a pouco, que ela não faz nada.
Só faz esconder o que na folha se encontra
A marca do que eu escrevo
Está e sempre estará no papel
Quero uma borracha feita de brisa
Para que eu nunca mais precise explicar
Tudo o que eu sinto tudo que escrevo.
Tudo o que eu sonho, tudo que eu desejo.
Tudo que se desfaz, num jogo de leva e traz.
Com essa borracha desfazer
Tudo de ruim que possa existir
Mas assim terei que voltar a escrever
E me acostuma a eternizar
Na folha o que antes só usava ao sonhar.

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